O Michael – o empresário feliz

Michael – CEO da pequena empresa que fundara há uns anos e que crescia a olhos vistos – tinha, finalmente, conseguido a reunião que tanto ambicionava com aquele parceiro que, acreditava, iria ser crucial para a expansão do negócio, nos moldes que sonhara!

Estava entusiasmadíssimo e super-feliz!

Aliás: naquele momento, tudo na sua vida estava a seu gosto! Tinha saúde, dinheiro para poder viver confortavelmente, estava realizado com o que já tinha construído e fazia diariamente. Para além disso, estava orgulhoso da equipa de trabalho que tinha criado: eram multifacetados, dinâmicos e estavam comprometidos com os objetivos de crescimento. Sabia que podia contar com eles! A família? Dessa nem se fala… Era o seu maior e incondicional apoio e, por isso, fazia questão em dedicar-lhes tempo de qualidade, no qual pudessem – todos – ser exatamente aquilo que são, deixando de fora os contextos laborais e escolares que, como se sabe, sempre criam algum stress e ansiedade.

Era este o pensamento que o acompanhava no curto caminho até àquele ambicionado encontro de negócios, assim como um profundo sentimento de gratidão! Ele sabia que estava a fazer tudo por si e por aqueles que amava, e que isso estava a ser retribuído!

Sorriu.
E, de repente, veio aquele-carro-descontrolado-que-passou-o-sinal-vermelho-no-segundo-errado.

A CLÁUDIA – A peça indispensável no sucesso da empresa

A Cláudia era “o braço-direito” do Michael. Conheceram-se na faculdade e, sempre que possível, escolhiam trabalhar em grupo porque se entendiam muitíssimo bem.

Ela acompanhou-o desde de que teve a ideia de negócio; aprimoraram-na juntos e foi assim lhe deram forma e crescente rentabilidade.

Apesar disso, o Michael deixou sempre muito claro: ele seria o único responsável da empresa.

Sentia-se empreendedor e queria ser ele a ter sempre a última palavra! Contava com a Cláudia – em quem depositava absoluta confiança – mas não queria ter a obrigação de negociar consensos (ainda que acabasse sempre a fazê-lo). Para a Cláudia estava ótimo: tinha sido educada para ser funcionária por conta de outrem, nunca quis assumir as responsabilidades inerentes a ser “chefe”, gostava da autonomia que tinha e sentia-se confortável com o salário e as condições laborais que tinha.

Tudo perfeito, portanto. A Cláudia conhecia de cor os processos da empresa: os funcionários (que geria diretamente), a maior parte dos clientes e fornecedores, os prazos a cumprir; as necessidades de cumprimento legal, os objetivos estratégicos, algumas estratégias para os atingir. Acima de tudo, conhecia o tipo de liderança do Michael – ela sabia como é que ele reagiria a cada nova informação e o que faria a seguir.

Quando ouviu falar naquele-carro-descontrolado-que-passou-o-sinal-vermelho-no-segundo-errado, a Cláudia chorou pelo seu amigo.

E, apesar do medo que sentiu, decidiu que, em homenagem ao seu “chefe” e por respeito ao seu percurso, ia começar logo a “arregaçar as mangas” e “pôr as mãos à obra”. Sabia que ela e todos os colaboradores tinham muito trabalho pela frente.

A PAULA – A fluidez e tranquilidade em forma de gente

O Michael conheceu a Paula numas férias no Algarve. Ambos estavam com amigos e, mesmo no meio da “algazarra”, não ficaram indiferentes um ao outro. Praia, pôres-do-sol radiosos e passeios ao luar foram o cenário que partilharam, quase em “regime de exclusividade”, durante aqueles dias.

Conversaram muito e brindaram à sorte de, mais a norte, viverem pertinho… os astros estavam alinhados e prometeram que aqueles momentos se iriam repetir!

Assim foi durante duas semanas, até começarem a namorar “oficialmente”, e mais três anos, altura em que casaram.

Foi durante o namoro que o Michael montou a sua empresa; mesmo estando profundamente empenhado no projeto, sempre deu muita atenção à Paula. Ela sentia isso e gostava. Partilhava com ela alguns desafios e motivações, mas não perdia muito tempo com isso: afinal, ele queria “desligar” do trabalho e, por outro lado, sabia que ela, mesmo mostrando-se disponível e compreensiva,  não tinha nenhuma afinidade com o tema – o negócio era de “números” e a Paula era de “letras” (era psicóloga mas interessava-se e divagava sobre filosofia, sociologia, conceitos abstratos…); para quê maçá-la?

Ele era feliz com o que fazia, com a companheira que escolhera, e tinha por objetivo dar-lhe qualidade de vida e conforto: admitindo que pudesse também contribuir para as despesas da casa, não queria que essa fosse uma preocupação ou uma obrigação para ela.

A verdade é que ele sempre chamou a si essa responsabilidade, com naturalidade e sem esforço, mesmo quando o Bernardo e a Filipa nasceram.

Todos se sentiam bem com isso e a Paula, sabendo-se uma privilegiada, tirava bem partido da situação: o seu ordenado não era muito alto, mas gastava-o quase todo nas suas despesas pessoais (custava-lhe a admitir, mas, no final do mês, a sua conta ficava perto de zeros!).  Quando fazia compras de mercearia – e às vezes também para os miúdos -, usava o cartão de crédito que o Michael lhe tinha dado da sua conta pessoal; nunca chegava sequer perto do limite.

Crédito da casa, dos carros, seguros, colégio das crianças, eletricidade, água, internet e telemóveis… nem se lembrava!

Sabia que saía tudo em débito direto de uma das contas do Michael; nem sabia de que banco… Lá está: ela gostava de conceitos e divagações…. Sentia-se muito grata por não ter que pensar nas questões logísticas e financeiras.

Apesar de não admitir, nem percebia sobre muitas delas: se, por exemplo, tivesse de levar o carro ao mecânico, onde o levaria? O Michael sempre arranjou um tempinho para esses assuntos!

Ambos se focavam em tarefas diferentes, complementares e assim eram felizes!

A Paula bloqueou quando lhe contaram daquele-carro-descontrolado-que-passou-o-sinal-vermelho-no-segundo-errado.

Nessa altura, fez uma promessa: iria tomar conta da família e garantir que tudo continuaria a ser o mais parecido com o que era até ali… Desta vez, ele não tinha sequer como se preocupar.

Prometeu, apesar da profunda tristeza e de não fazer ideia como, que a cumpriria.

O que é que Cláudia e a Paula já deviam saber? 
Que dificuldades sentiram?
O que aconteceu por não saberem?

A checklist que já devia ter sido feita

Michael ainda está inconsciente por causa do-carro-descontrolado-que-passou-o-sinal-vermelho-no-instante-errado. E todos à sua volta tentam lidar com as condições da sua ausência – que esperam ser momentânea…

A CLÁUDIA – Da motivação à incapacidade e frustração

A Cláudia, fiel braço direito de Michael na empresa, rapidamente percebeu que teria de delegar o seu trabalho para fazer o dele, o que, sendo organizada e tendo as suas rotinas previstas e registadas, faria com facilidade. Assim foi.

Seguiu-se o pensamento óbvio: “Por onde começo? Quais são os assuntos pendentes do Michael?

Ora: pensou na agenda; foi à sua secretária… encontrou-a quase vazia! “Pois… hoje tudo está online, nos dispositivos informáticos!

A seguir pensou na Paula, que também conhecia bem… tão bem, que no segundo a seguir percebeu que dela, e no que à parte prática do negócio dizia respeito, nada poderia esperar. A não ser… pedir-lhe o telemóvel e o computador da empresa! De certeza que lá encontraria informação útil. E, logo de imediato, sentiu-se um ser humano detestável; afinal, ela sabia que o Michael usava estes aparelhos, também a título pessoal… mesmo que lhe fossem cedidos, ela não queria ver as coisas pessoais dele!

Era também por esta postura que sentia que o Michael depositava nela máxima confiança. Mas, também, não havia como lhes aceder: aquele-carro-descontrolado-que-passou-o-sinal-vermelho-no-instante-errado tinha-os destruído.

Nada, portanto.

Lembrou-se ainda que, apesar de saber que o Michael ia para aquela reunião importantíssima, não sabia com quem era! O Michael, de tão entusiasmado e certo que estava do negócio, e gostando de ver a equipa motivada e expectante, tinha-lhe dito que até para ela ia ser surpresa!

Ela não sabia a quem informar e justificar a ausência do Michael! Nem como manter a viabilidade da parceria que prometia ser incrível!

Entretanto, começaram a “chover” telefonemas de pessoas que não conseguiam contactar o Michael, problemas e assuntos para resolução imediata cujo conhecimento era ainda só dele, e esta crise passou a ter “vida própria” e a gerir-se à quase ao minuto. O desconforto e o desgaste da Cláudia tornaram-se visíveis em pouquíssimo tempo e, acima de tudo, sentia-se incapaz e frustrada.

Mas o maior problema era com os pagamentos.

Apesar de continuar a vender os seus produtos e a receber por isso, ninguém tinha como movimentar o dinheiro da conta da empresa. Só o Michael tinha poder para tal e só ele sabia os acessos online e PIN dos cartões!

Portanto, mesmo havendo dinheiro, era impossível pagar:

  • Salários;
  • Segurança social;
  • IRC;
  • Renda do espaço e infraestruturas;
  • Serviços vários;
  • Seguros;
  • Prestadores de serviços;
  • Fornecedores de matéria prima;
  • A renovação do domínio da empresa (que, a dada altura, ficou sem site e ninguém percebeu porquê… as notificações seguiam para o e-mail pessoal do Michael);

O banco nada podia fazer: disseram à Cláudia que, como o Michael estava vivo, não tinha como facilitar a resolução; restava esperar pelo desfecho! O erro tinha sido centralizar tudo nele! “Que estupidez!”, pensava!

A ausência de Michael teve um enorme impacto também na equipa. Apesar de ser composta por apenas sete pessoas, ao fim de três meses, dois dos colaboradores (que não tinham como sobreviver sem salário), já tinham saído.
Isto fez diminuir a capacidade de resposta da empresa, que também já tinha falta de matérias primas por falta de pagamento a fornecedores. Porque a capacidade de resposta diminuiu, perderam alguns clientes! Como deixou de haver site, muitos possíveis clientes não encontraram a empresa.

Foi a Cláudia, juntamente com o Carlos – o segundo funcionário mais antigo da empresa – que, em conjunto e num ato de alguma loucura (se o Michael não acordasse ia ser um problema enorme!), assumiram as despesas incontornáveis da empresa, negociaram outras e continuaram a aguentar a situação, na ausência do Michael. Apesar de não ser, eles viam-na como deles.

Por isso, foram fazendo uma lista das coisas que teriam que acontecer quando tudo voltasse à possível normalidade, se voltasse:

  • informação operacional tinha que ser partilhada; alguns e-mails de gestão teriam que seguir para um endereço que mais pessoas tivessem acesso, de forma a garantir que os processos gerais da empresa não fossem comprometidos por situações incontroláveis;
  • acesso à conta da empresa teria que ser alargado; eventualmente, faria sentido alterar o pacto social;
  • Igualmente para as credenciais de acesso a serviços prestados à empresa: servidores, serviços alojados na cloud, DNS, segurança social, finanças, seguros, …;
  • Por mais que compreendessem que o dono da empresa tem informação privilegiada, aquela que interferia no dia-a-dia do negócio tinha que ser comunicada e registada;
  • O mesmo se aplicava aos contactos exclusivos que o Michael tinha, fossem eles clientes/pessoas especiais, parceiros e fornecedores. Era necessário que mais pessoas tivessem acesso à mesma informação.
  • As pessoas que tivessem acesso a estas informações não deveriam correr riscos em simultâneo. Por exemplo: o Michael e a Cláudia viajavam juntos muitas vezes (de avião e não só). Teria que fazer os possíveis para encontrar outras pessoas, também de confiança, que soubessem dar seguimento aos assuntos, caso lhes acontecesse algo aos dois.

A lista foi crescendo porque os obstáculos eram muitos. Cláudia percebeu que urge:

  • Fazer um ponto de situação periódico do estado do negócio nunca tinha sido prioridade e isso tinha que ser alterado;
  • Um negócio era feito de muitos pequenos pormenores, que na realidade são “pormaiores”, com que nunca se preocupou ou nem sabia que tinha de ser considerados;
  • Mesmo sabendo ambos da estratégia da empresa (o processo), pouco sabiam do que cada um deles estava a fazer, a cada momento, e como faziam (os procedimentos);
  • Nem um nem outro tinham a noção do impacto e das consequências terríveis de uma ausência forçada. No limite e em pouco tempo, a sobrevivência da empresa e dos seus sete funcionários estava em causa! Ainda que inconsciente, não deixava de ser uma forma de egoísmo;

Havia muita coisa a mudar. A assegurar… a prevenir.

Os danos da desinformação

Os meses vão passando e Michael continua inconsciente.
Com a ausência imprevista do seu CEO, os colaboradores de Michael ganham cada vez mais consciência das suas limitações e preparam-se para que, no futuro, todas as questões estejam previstas. Por outro lado, a situação da sua esposa Paula e dos seus filhos, por arrastamento, agrava-se.  

A PAULA – da garra ao absoluto desespero

Mesmo com o Michael no hospital e com toda a ansiedade que isso criava, Paula, a esposa, esforçava-se para manter pelo menos algumas das rotinas familiares: as crianças a horas no colégio, as atividades extracurriculares, as compras para a casa, o jantar com todos…

Para além disso, a Paula continuava a trabalhar, agora a tempo inteiro.

Algumas despesas foram sendo pagas pelo débito direto da conta do Michael até ao dia em que os avisos de falta de pagamento começaram a surgir.

Foi pagando como pôde, mas, apesar de ter começado a fazer poupanças pessoais, não conseguia cobrir todos os gastos. Em alguns momentos, teve mesmo de pedir ajuda aos pais…

Ela sabia que o Michael tinha várias contas e que o dinheiro circulava entre elas, uma vez que cada uma tinha uma função: despesas da casa e família, recepção do ordenado, poupança, investimento…

Se ao menos soubesse qual era qual!” pensava ela.

De nada servia; ele era o único titular de todas. Nada podia fazer porque, felizmente, ele estava vivo.

O acesso à conta de e-mail – e à agenda que lhe estava associada – teria dado jeito por outros motivos: a renovação dos vários seguros, a inspeção dos carros… só se lembrou disso quando foi apanhada numa operação STOP e esta já estava caducada. Lá veio a multa; mais uma despesa.

Entretanto, percebeu que não tinha como pagar a renovação da anuidade do colégio do Bernardo e da Filipa. Não sabia como evoluiria a situação do Michael e não queria abusar dos pais, que não eram abastados. Em setembro foram, pela primeira vez, para uma escola pública.

A situação era de tal forma complicada que ela chegou ao ponto de definir à partida o valor máximo que podia gastar em cada ida ao supermercado, diminuir as atividades extracurriculares das crianças e ter mais cuidados com as luzes acesas.

Paula sentia-se cada vez mais triste e desesperada. Não fazia ideia de quando é que teria o seu marido de volta… tinha imensas saudades do seu abraço seguro. Não conseguia entender como os médicos não lhe davam certezas nenhumas! À beira de uma depressão, a única coisa que a fazia levantar-se de manhã eram os filhos. Tinha de ser forte por eles!

Perguntava diariamente: “Como é que, gostando de controlar tudo e pensando sempre em tudo, ele não preparou uma eventualidade destas?”

Se por um lado percebia e respeitava a privacidade do marido (coisa que também exigia para si), por outro tinha dado muito jeito ter alguma informação operacional. E constantemente lamentava o facto de sempre terem adiado a abertura da conta conjunta…

 “Quem me pode ajudar a sair deste nó?” era a outra pergunta recorrente. Mas ela tinha vergonha de assumir perante terceiros que “vivia a leste” da sua própria vida!

Assumiu esta vulnerabilidade com a Cláudia, pedindo-lhe simultaneamente ajuda. Talvez ela soubesse algo que a ajudasse a resolver alguns dos problemas que estava a ter! Foi quando percebeu que na empresa, a situação era semelhante. De nada serviam uma à outra, a não ser de consolo.

Ainda falou a um advogado que, em tempos, tinha tratado um litígio de partilhas. Talvez ele soubesse algo mais em concreto; bens que pudesse ter… Mas ele alegou logo que o sigilo profissional não lhe permitia falar, até porque o Michael estava vivo!

Revoltou-se com o marido! Houve momentos em que, ao visitá-lo, o insultou em silêncio e até teve “ganas” de lhe bater.

Ainda que por brevíssimos instantes, e por tantas vezes lhe terem dito que não a podiam ajudar porque ele estava vivo (e, por isso, tinha direitos), chegou a desejar que morresse… o desespero era gigante e apoderara-se dela! E nem era pela falta de dinheiro; era pelo custo emocional – elevadíssimo! – que estava a ser lidar com todos os problemas que lhe surgiam só pelo facto de “não saber”!

Claro que isso era mentira e claro que se sentia muito mal por tal ideia lhe passar pela cabeça; ela só queria de volta – e rápido! – o homem que amava quase desde o primeiro minuto que o viu.

O tempo foi  passando e o Michael continuava no hospital que, felizmente, era público.  Acalmava-a o facto de saber que o que aconteceu não tinha sido por mal; tinha a certeza de que ele a amava e que, se imaginasse sequer da possibilidade de isto acontecer, nunca teria permitido que ela e os filhos passassem por tamanha aflição.

Passou a estar mais atenta a situações parecidas e a fazer perguntas aos amigos e conhecidos. Percebeu que eram muito poucos os que tinham cuidados em relação a este tipo de eventualidades.

Desmistificou a ideia, que entretanto criou, de que o facto de ser mulher a tinha deixado numa posição mais frágil. Percebeu que alguns casais optam por ser “ela” a tomar conta de toda a vida financeira e logística da família, independentemente da proporção dos ordenados de cada um.

Pensou muitas vezes “E se acontecesse comigo? O que é que o Michael não sabia?”. O dinheiro não seria problema, mas e o resto?

  • “Quem é o pediatra das crianças?”
  • “Quando é que têm de lá ir?”
  • “Quando são as vacinas?”
  • “Onde é que ela guarda a joia da sogra, que ele pediu para esconder da irmã?”
  • “Qual é a receita daquele bacalhau com natas que ele adora e que só eu o sei fazer?”

Para a Paula, passar da perfeição ao caos foi um instante. Jurou a si própria que, acontecesse o que acontecesse, iria aprender a fazer mais do que “divagar”. Ía prever estas situações e alertar outras pessoas.
No processo, gostava de ter tido oportunidade de lidar “apenas” com a dor decorrente do estado do Michael e nem isso conseguia fazer…

E de cada vez que lhe vinha à memória aquele-carro-descontrolado-que-passou-o-sinal-vermelho-no-segundo-errado dizia baixinho: “Se pode acontecer a qualquer um, eu também sou “qualquer um”.

(Continua…)

Um texto da equipa 3NCRYPT3D. A partir de 6 Junho um serviço da 3NCRYPT3D vai ajudar! 😉